Sistemas Frontais
Análise
Sr. Jaime Leyton
Sra. Emma Giada
Sr. Mike Davison
1. Introdução: A análise de sistemas frontais é uma das áreas de maior confusão para o
meteorologista operacional, especialmente quando se interpretam os mesmos utilizando os
modelos globais. Neste documento vamos descrever diferentes métodos que podem ser utilizados
para avaliar os diferentes sistemas.
2. Metodologia: Na análise de sistemas frontais, no South American Desk se utilizam uma série
de regras básicas que permitem avaliar as frentes.
3. Temperatura Potencial Equivalente (TPE): TPE é a temperatura que se obtém ao somar o
calor latente liberado a temperatura sensível, se condenssássemos a humidade de uma parcela de
ar mantendo a pressão constante. Este campo nos permite identificar áreas onde temos ar húmido
e quente. Uma intensificação do gradiente ao norte de 30oN nos ajuda a identificar frentes na
superfície melhor que as linhas de espessura. Valores altos, isto é, mais de 340oK, nos níveis
abaixo de 700 hPa, ajudam a identificar o potencial de acumulação excessiva de chuva.
4. Exemplos:
- A. Pressão ao Nível do Mar e Isotermas. A figura 1 apresenta um gráfico de pressão ao
nível do mar, com linhas azul-claro sólidas; e a temperatura em 1000 hPa, com linhas amarelas
tracejadas. A linha azul marinho estabelece onde se esperaria definir a frente na superfície. Note
que a frente fria está adiante do ar frio, seguindo a isoterma de 20 °C, e entrando na baixa de
1004 hPa. A frente fria está imediatamente adiante do cavado frontal, situação que é tipicamente
associada às frentes frias. A partir desta baixa segue uma frente ondulante com setores quentes e
frios que entra em uma outra baixa, de 1004 hPa, a sudeste da anterior. A frente quente se define
com uma linha vermelha grossa e está entre a isoterma de 18 e 20 °C no eixo do cavado.
Figura 1
- B. Pressão ao Nível do Mar e Isoípsas de Espessura 1000/500 hPa. Na figura 2 e
mostrado a mesma situação anterior e nela se apresentam isóbaras em azul-claro contínua e
isoípsas de espessura em amarela tracejado.
Na configuração se aprecia a superposição da crista de espessuras com o eixo do cavado
de superfície, situação que permite definir as zonas de advecção quente e as de advecção fria, pela
proporcionalidade entre espessura e temperatura, o que permite estabelecer a posição da frente
em superfície tal como está representado no traçado. A frente fria está representada em linha azul
contínua grossa e a frente quente, en linha vermelha contínua grossa.
Figura 2.
- C. Temperatura Potencial Equivalente. Na figura 3 é mostrado o mesmo caso em
estudo, utilizando desta vez isolinhas de temperatura potencial equivalente, isto é, isentrópicas.
Na figura se observa uma área de concentração de isentrópicas, linhas amarelas tracejadas,
na zona frontal assinalada antes, e está representado novamente o comportamento isobárico. Esta
configuração nos da uma idéia clara e de reforço da posição do sistema frontal, porém
principalmente nos assinala a diferença das massas de ar envolvidas, contemplando nesta diferença
o padrão de humidade e o de temperatura simultaneamente .
Figura 3
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