Emma Giada
Gonzalo Vásquez
1. Introdução: A turbulência associada a ciclogênesis é uma das formas mais violentas que
pode afetar a aviação civil. Embora não se iguale em intensidade a turbulência de
montanha, o meteorologista tem que fazer uma avaliação precisa deste tipo de evento. Na
seção de Jatos discutimos a dinâmica e vimos onde se encontravam as zonas de divergência
e convergência associada com a entrada e saída do mesmo. Na seção de frentes foi
discutido como analizar os diferentes sistemas frontais. Nesta seção vamos tratar portanto
de turbulêcia associada à ciclogênesis.
2. Referências:
3. Avaliação:
Começamos nossa avaliação com a corrente de jato em níveis superiores. Na figura 1
observamos uma baixa desprendida em 250 hPa. A linha sólida vermelha representa o ramo
norte do Jato Polar. O jato não é contínuo, ele está fraturado entre a baixa a crista induzida
que se encontra imediatamente a leste da baixa. Vamos dar ênfase ao segmento que se
encontra sobre a baixa desprendida, já que a saída direita do jato fica perto da baixa. Na
figura 2 temos uma análise de divergência e contornos geopotenciais em 250 hPa.
A divergência está representada por contornos azuis sólidos enquanto que a convergência
por contornos vermelhos tracejados. Em amarelo temos os contornos de geopotenciais. À
este-sudeste da baixa há uma área bem definida de divergência. A divergência está
associada a baixa e aos efeitos do Jato (saída direita do Jato) . Vamos analizar agora como
se manifesta este sistema nos níveis baixos.
Na figura 3, sobrepomos o Jato em 250 hPa na carta de superfície. Em azul claro
temos as isóbaras e em linhas amarelas entrecortadas temos a espessura. Foram analizados
dois centros de baixa na superfície. A que está a oeste é a baixa velha madura em processo
de dissipação. A que está mais a leste, no ponto triplo, é a que temos que levar em
consideração, já que está em processo de desenvolvimento e intensificação.
Na figura 4 temos um corte transversal, de norte a sul atravessando a baixa em
desenvolvimento. Este corte se extende desde 37S 93W até 55S 93W. Em amarelo temos
as isotermas de temperatura potencial, e em branco a componente ageostrófica do vento.
Lembrando da relação de que quanto maior o vetor mais forte é o vento , isto é, o vento é
diretamente proporcional a magnitude do vetor. Em azul e em vermelho estão a divergência
e a convergência do vento respectivamente.
Entre 42S 93W e 46S 93W a cima de 500 hPa, observamos uma área de fortes
movimentos ascendentes devido a convergência de níveis médios com forte divergência nos
níveis superiores. A divergência em altura pode se associar com a região de saída do Jato.
Aqui estamos vendo uma interação de diferentes fatores, os quais favorecem a ciclogênesis
e portanto fortes movimentos verticais ascendentes. As condições dinâmicas contribuem
para a mescla turbulenta do ar, e é o que afeta a aviação. Neste exemplo as condições
mais fortes estão entre 500 e 200 hPa, o que define a profundidade da camada de
turbulência.
Na figura 5 identificamos a área onde se espera turbulência devido somente a
ciclogênesis .