Turbulência Associada à Ciclogênesis




Mike Davison

Emma Giada

Gonzalo Vásquez





1. Introdução: A turbulência associada a ciclogênesis é uma das formas mais violentas que pode afetar a aviação civil. Embora não se iguale em intensidade a turbulência de montanha, o meteorologista tem que fazer uma avaliação precisa deste tipo de evento. Na seção de Jatos discutimos a dinâmica e vimos onde se encontravam as zonas de divergência e convergência associada com a entrada e saída do mesmo. Na seção de frentes foi discutido como analizar os diferentes sistemas frontais. Nesta seção vamos tratar portanto de turbulêcia associada à ciclogênesis.

2. Referências:





Figura 1

Figura 1




3. Avaliação:

Começamos nossa avaliação com a corrente de jato em níveis superiores. Na figura 1 observamos uma baixa desprendida em 250 hPa. A linha sólida vermelha representa o ramo norte do Jato Polar. O jato não é contínuo, ele está fraturado entre a baixa a crista induzida que se encontra imediatamente a leste da baixa. Vamos dar ênfase ao segmento que se encontra sobre a baixa desprendida, já que a saída direita do jato fica perto da baixa. Na figura 2 temos uma análise de divergência e contornos geopotenciais em 250 hPa.



Figura 2

Figura 2


A divergência está representada por contornos azuis sólidos enquanto que a convergência por contornos vermelhos tracejados. Em amarelo temos os contornos de geopotenciais. À este-sudeste da baixa há uma área bem definida de divergência. A divergência está associada a baixa e aos efeitos do Jato (saída direita do Jato) . Vamos analizar agora como se manifesta este sistema nos níveis baixos.

Na figura 3, sobrepomos o Jato em 250 hPa na carta de superfície. Em azul claro temos as isóbaras e em linhas amarelas entrecortadas temos a espessura. Foram analizados dois centros de baixa na superfície. A que está a oeste é a baixa velha madura em processo de dissipação. A que está mais a leste, no ponto triplo, é a que temos que levar em consideração, já que está em processo de desenvolvimento e intensificação.



Figura 3

Figura 3




Na figura 4 temos um corte transversal, de norte a sul atravessando a baixa em desenvolvimento. Este corte se extende desde 37S 93W até 55S 93W. Em amarelo temos as isotermas de temperatura potencial, e em branco a componente ageostrófica do vento. Lembrando da relação de que quanto maior o vetor mais forte é o vento , isto é, o vento é diretamente proporcional a magnitude do vetor. Em azul e em vermelho estão a divergência e a convergência do vento respectivamente.

Entre 42S 93W e 46S 93W a cima de 500 hPa, observamos uma área de fortes movimentos ascendentes devido a convergência de níveis médios com forte divergência nos níveis superiores. A divergência em altura pode se associar com a região de saída do Jato. Aqui estamos vendo uma interação de diferentes fatores, os quais favorecem a ciclogênesis e portanto fortes movimentos verticais ascendentes. As condições dinâmicas contribuem para a mescla turbulenta do ar, e é o que afeta a aviação. Neste exemplo as condições mais fortes estão entre 500 e 200 hPa, o que define a profundidade da camada de turbulência.



Figura 4

Figura 4




Na figura 5 identificamos a área onde se espera turbulência devido somente a ciclogênesis .



Figura 5

Figura 5

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NCEP/WPC/DTB / Last Modified November 7, 1997